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O projeto Curta o Circuito é uma imersão artística performativa que promove uma caminhada por espaços de arte do Centro de São Paulo. O objetivo é propor ao público uma nova visão sobre o Centro através de uma caminhada em um circuito de arte contemporânea inserido no núcleo primeiro de formação da cidade de São Paulo. As marcas do tempo na cidade, a coexistência de diversas arquiteturas, as atividades desenvolvidas nas ruas, os vários contextos de um mesmo espaço urbano são momentos que tocarão o público nesta caminhada estética, além do conhecimento do fazer artístico atual no Centro de São Paulo.

 

O circuito inclui galerias, residências artísticas, ateliês, centros de arte e cultura e ocupações pouco visíveis no dia a dia dos passantes pelo Centro paulistano. Curta o Circuito é dividido em duas etapas: 1) CurtoCircuito, que inclui caminhada, observação do espaço urbano e visitas aos espaços, e 2) Ludocidade, que conta com a participação do grupo para criar mapas afetivos e/ou escrever narrações arrantes sobre o trajeto.

 

1- CURTO CIRCUITO

Durante a caminhada imersiva, o grupo não poderá usar celulares e outros meios mediadores e midiáticos. A atenção é voltado ao entorno do percurso. Em cada ponto de parada, serão dadas informações sobre o espaço a ser visitado. A visita de cada espaço dura cerca de 15 minutos. Uma pessoa autorizada do espaço dará boas-vindas e explicará brevemente como funciona o local. O grupo visita ao espaço e continua a caminhada rumo aos próximos pontos de parada indicados no mapa, e assim sucessivamente até o fim do circuito.

 

Circuito Centro Velho (Sugestão)

  • PaperBox Lab – Rua do Carmo 56

  • Phosphorus – Rua Roberto Simonsen 108

  • Tag Galeria – Rua Líbero Badaró [fanzine Amarello]

  • Ocupação Ouvidor – Rua do Ouvidor

  • Red Bull Station – Praça da Bandeira

 

2- LUDOCIDADE

Na última estação da caminhada, é proposto aos participantes que registrem impressões e sensações no decorrer da caminhada através de um mapa afetivos dos espaços visitados e que escrevam “narrativas errantes”, segundo conceito de não-narrativa do artista plástico Helio Oiticica, sobre o trajeto percorrido. Uma discussão geral será feita ao final da trajetório performática.

 

 

 

 

Em 1917, Duchamp propusera como próprio ready-made o Woolworth Building de Nova York, mas ainda se tratava de um objeto arquitetônico, e não de um espaço público. Por sua vez, o ready-made urbano realizado em Saint-Julien-le-Pauvre é a primeira operação simbólica que atribuiu valor estético a um espaço vazio e não a um objeto. O dadá deixou de levar o objeto banal ao espaço da arte e passou a levar a arte – na pessoa e nos corpos dos artistas dadá que compunham – a um lugar banal da cidade. Aquela “nova interpretação da natureza aplicada, esta vez, não à arte, mas à vida”, anunciada no comunicado de imprensa que explicava a operação Saint-Julien-le-Pauvre, é um apelo revolucionário da vida contra a arte, que contesta abertamente as tradicionais modalidades da intervenção urbana, campo de ação tradicionalmente pertencente apenas aos arquitetos e urbanistas.” (CARERI, Francesco. “Walkscapes: o camilhar como prática estética”. Editora G. Gili, 2013, pp. 75)

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